A Rockstar Games, conhecida pela violenta série Grand Theft Auto, prepara sua nova criação: um game de briga de escola chamado Bully – valentão, em inglês. Quando a Rockstar mostrou o jogo pela primeira vez, há mais de um ano, ele gerou uma onda de polêmica.
Ativistas anti-games disseram que Bully poderia encorajar os jogadores a se tornarem valentões na vida real. E até executivos de outras produtoras temiam que o jogo, vindo da polêmica Rockstar, pudesse atrair críticas para a indústria de games como um todo. Mas parece que esses medos podem ter sido exagerados. Em vez de colocar o jogador no papel de malvado, Bully procura mostrar que os valentões da escola – identificados porque vestem camisas brancas – são inimigos de todo mundo. Você assume o papel de Jimmy, um menino de 15 anos que tenta se dar bem socialmente na escola. Enfrentar e socar os valentões, para defender os nerds e outros garotos mais fracos, vale pontos. Bater num menino menor, ou numa garota, é proibido – você pode até fazer isso, mas será punido. Ao contrário do que acontece nas escolas da vida real, você não pode ficar bêbado nem drogado. E se matar aula, os bedéis vêm te procurar. Em suma: não é uma simulação realista de uma escola, e isso pode ser uma boa coisa. Mas a Rockstar sabe que, mesmo assim, Bully provavelmente será analisado e dissecado como nenhum outro jogo jamais foi. A empresa causou furor, no ano passado, quando hackers descobriram cenas de sexo escondidas no megasucesso Grand Theft Auto: San Andreas. O caso levou políticos de todos os EUA a criarem leis tentando regular a venda de games, e a Rockstar foi investigada pelo governo dos EUA. Bully, que chega até o Natal, será exclusivo do console PlayStation 2, da Sony. |