Manifestação pacífica contra o aumento do ônibus termina com violenta repressão policial
A manifestação marcada para a tarde de hoje contra o aumento da tarifa de ônibus, organizada pelo Movimento Passe Livre de São Paulo, começou com clima de descontração. Muitos estudantes e militantes de diversas entidades cantavam e tocavam com muita animação. Após sair pacificamente em passeata, os cerca de mil manifestantes percorreram diversas ruas do centro da cidade divulgando a luta para a população.
Ao chegar à Praça da República, no entanto, os presentes viram um pequeno tumulto com policiais transformar-se em desculpa para o início de agressiva repressão, majoritariamente pela Força Tática. A violência atingiu rapidamente maiores proporçõees, apesar das tentativas dos manifestantes de se reunir e retomar a caminhada pacífica. Bombas de gás lacrimôgenio e de efeito-moral foram lançadas indiscriminadamente contra o protesto, assim como atiradas balas de borracha, que atingiram até mesmo repórteres e fotógrafos. Sprays de pimenta e cassetetes também foram usados para agredir diversas pessoas. Apesar de apenas uma pessoa ter sido detida durante o ato, outras 30 foram presas um bom tempo após a dispersão, enquanto caminhavam pelo centro em grupos menores e procuravam conhecidos. As 31 encontram-se encarceradas no 3º DP. Até agora foram contabilizados cinco feridos.
O Movimento Passe Livre de São Paulo marcou para o próximo sábado (15) um debate com tema ?Por que lutar por um transporte público?? Ãs 15h no espaço Ay Carmela! (R. Das Carmelitas, 140 ? Sé). A próxima manifestação foi convocada para o dia 20 de janeiro (quinta-feira), com concentração Ãs 17h na esquina da R. da Consolação com a Av. Paulista.
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