Keanu Reeves admite que adora ficção científica; por isso, quando lhe foi oferecido o papel de alien em "O Dia em que a Terra Parou", ele aceitou imediatamente.
Mas, antes que seus fãs pensem que o astro de "Matrix" está em outro filme espacial de grande orçamento, com muita ação mas pouca coisa a dizer, Reeves quer que saibam que o remake de um clássico cult de 1951 tem uma mensagem a transmitir ao público de hoje.
O filme chegará aos cinemas norte-americanos na sexta-feira.
"É sobre o mundo em que vivemos e a natureza destrutiva do homem, de modo que nos dá muito sobre o que refletir", disse Reeves à Reuters.
Canadense de nascimento, Reeves, 44 anos, disse que quando era adolescente adorava os filmes "Star Wars" e lia livros como "1984" e "Admirável Mundo Novo". Como adulto, sempre quis representar personagens em filmes de ficção científica.
Ele ficou conhecido numa fantasia escapista, "Bill & Ted - Uma Aventura Fantástica", de 1989, como um de dois adolescentes desajeitados que viajam no tempo, e ao longo de sua carreira atuou em filmes como "Johnny Mnemonic - O Cyborg do Futuro".
Mesmo a história de amor "A Casa do Lago" tinha elementos sobrenaturais em sua história sobre duas pessoas que vivem em épocas diferentes e trocam cartas deixadas numa caixa de correio.
Mas a maior investida de Reeves na ficção científica foi com os três filmes "Matrix", em que ele fez um hacker que de repente vira a pessoa que tem que salvar a humanidade das máquinas que dominam o mundo. Os três blockbusters renderam mais de 1,6 bilhão de dólares de bilheteria mundial.
Reeves diz que o novo "O Dia em que a Terra Parou" é mais que uma ficção científica comum.
Como no filme original de 1951, os humanos reagem com pânico e terror quando uma nave espacial aterrissa em Nova York, e o alien Klaatu (Reeves), ao lado da enorme e indestrutível figura robótica Gort, emerge para avisar as pessoas e os líderes mundiais que o planeta enfrenta uma crise.
Reeves observou que sua versão de Klaatu é diferente da de 1951, porque a nova versão do personagem é mais sinistra: é tanto juiz quanto carrasco da humanidade.
Apesar de ser um dos astros mais bem sucedidos de Hollywood, Reeves conseguiu se manter uma figura pouco vista, até enigmática.
"Sou uma pessoa que aprecia a privacidade e levo uma vida bem modesta", ele admite. "Não curto muito a vida de festas, se bem que tive minhas fases disso nos anos 1990. Mas amadureci desde então."
Ele admite ser "um pouco recluso, pelo menos parte do tempo. Me sinto realmente feliz percorrendo a França sozinho de moto, como fiz no verão passado. Ninguém me incomodou, e eu me diverti muito".
Reuters